De repente miss
Julie desapareceu. Vasculhamos o apê nos mínimos detalhes e nada dela aparecer.
Laura desatinou num choro incontrolável. De pijamas desceu as escadas e saiu
procurando por entre os carros no estacionamento do edifício onde morava. Era
um passo e um soluço. Estávamos os três em polvorosa. Laura e sua mãe
vasculhando todos os cantos abriram o portão e temeram pelo pior. E se miss
Julie resolveu fazer uma saída turística e os carros em alta velocidade a
atropelassem? Mas não, rua não encontraram nenhum sinal da gatinha.
Fiquei na minha.
Apenas muito preocupado com o estado emocional da Laura que tinha se apegado
àquele pequeno animal como se fosse a tábua de salvação. Não conhecia as
redondezas, por isso mesmo não me atrevi a sair à procura de miss Julie.
De repente ei-la
toda pomposa saindo de onde se escondera: debaixo da cama da Stéphanie. Abri a
porta com cuidado, pois ela e Frankie não perdem a oportunidade pra dar uma
fugidinha. Vi Laura lá no pátio gritando: Juliiiiiiiiieee! Juliiiiiieeee onde
está vocêêêêêe? Dei o grito mais alto que pude: Julie está aqui!
Ainda chorando Laura
se abraçou a miss Julie London. Não perdeu a oportunidade de dar sua bronca,
dizendo pra não repetir jamais a proeza de se esconder deixando-a preocupada.
Acredito que miss Julie não entendeu muito bem a preocupação de sua dona. Assim
que pôde procurou abrigo no guarda-roupas e de lá ficou observando o movimento
no apê. Todos sossegados, ei-la de volta correndo atrás de pequeno pedaço de
papel.
O susto foi grande.
A noite convidava a dormir, pois o frio anunciava intenso. O senhor Frankie já
estava em seus aposentos, enchera a pança de sua ração preferida. Agora miss
Julie podia comer sossegada. Contrariando minha vontade Laura levou miss Julie
pra dormir em sua cama.
Nenhum comentário:
Postar um comentário